OMNIPRESENTE

Quatro da manhã,
pássaros cantam
enquanto docemente
quero adormecer a mente.

Olho insistentemente
o relógio que anda para a frente
numa ânsia crescente
de te beijar novamente.

Passo pelo sono levemente,
saio de mim e entro em ti
numa fuga esfuziante.

Num clique de paixão
abro-te o meu coração.

És omnipresente.

Um amor ardente
nos envolve num êxtase de desejo.

Segredas no meu ouvido
que não sabes viver sem mim.

Aninhada nos teus braços
desenho com empenho teu corpo
fervente que beijo ardente.

Encontro a paz merecida
no entrelaçar das nossas pernas,
esquecendo o mundo lá fora
partilhamos beijos quentes
num até amanhã.