Da minha noite
fazem parte os astros,
as rãs,
os grilos e sapos.
Estilhaços
da nossa história
regressam boicotados
entre lapsos de memória.
Febril,
demente,
não sei.
Habitas nas pirâmides
da minha alma,
erguida pela revolta.
Poli portas e janelas
com o descolorido da nossa paixão,
gritando calada na garganta esse amor
nas margens da aurora ardente,
brilhando pela manhã.
Dou por mim estrada fora
tacteando o chão sentindo a desilusão.