ENCANTO DE UM CANTO

Fugaz sol,
fugaz alegria
perdida numa vida sem vida.

Mergulhada na solidão,
cortante minha alma regozija
num clarão da vida vivida num Outono frio.

Cascata de lágrimas,
gotejante das ervas mal amadas,
dos grilos outrora cantantes
agora gélidos pelos campos.

Adiante,
muito adiante
a vontade distante
dedilhada numa harpa muda.

Entre o abandono presente
sigo pausadamente feliz,
sentindo o encanto de um canto
nas árvores que me sorriam.

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