Incertos,
são os meus passos
entre ribeiros transparentes.
Deixem-me escutar
o céu sussurrar o crepúsculo,
envolto no fim do dia do meu suspirar.
Deixem-me ver a beleza do pôr-do-sol.
Deixem-me tocar a lua,
feiticeira que me desponta
áureas finas de cetim no tear de amor
que existe em mim.
Quero a lua
enfeitada de mim.
Inebriante.
Tentadora.
Pujante de sensualidade
elevando a minha alma,
por alegrias contidas
na orla de lágrimas incontidas.
Oscilo na órbita dos astros
que embriaga os amantes.
Enamorada.
Sou réplica incandescente
do brilho de estrelas vaidosas.
O meu ser é lua
que suaviza o céu
com nimbo de amor.