Não partas
sem que toque teu beijo,
saboreie tua boca,
explore tua língua,
afague teu rosto.
Não vás
sem que te sinta junto a mim,
abalroar-te de emoções,
beber o poder inebriante da luxúria
ao estremecer dos nossos corpos.
Quero olhar-te bem fundo
nesse mar profundo de amor em nós.
Vou beijar-te
em quietude lânguida
num fervilhar lascivo
do desvairado vulcão
que em mim arde.
És mil e uma noites
na contagem crescente
de um tempo
nascido à muito para nós.
És tormento quando longe
na raiz do sofrimento.
És doçura
no sorriso da morena,
eu.
Quero tomar-te em meu corpo,
dizer o quanto te amo,
desejo e quero para mim.
Ama-me.
Beija este teu corpo,
aperta este nu desejoso de ti.
Diz que sou tua
desde o dia que te vi.