CORPO FRANZINO

Esquinas da vida,
infância perdida num
carrossel de desalento,
nau de sofrimento.

As estrelas
confidentes ao luar,
iluminando o banco frio,
abandonado.

Manta esburacada,
alma estilhaçada de menina molestada,
face pálida.

Corpo franzino
outrora divino num esgar de dor.

Grita,
chama pela morte.

Infância de pouca sorte.

No vento
e na chuva encontrava
uma aliada para esconder o rosto,
molhado pelas lágrimas derramadas
do infortúnio da vida.

Menina
humilhada,
nunca pelo pai amada.

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