Gravei meu nome
no mar de Maragogi,
tatuei nos olhos meus
o infinito cintilante do céu.
Desenhei no luar
noites quentes de paixão,
inebriei-me maravilhosa de alegria.
Beijei ternas flores
de suaves odores
esquecendo a tristeza
nas suas mil cores.
Mergulhei no sol quente
dos recifes espelhados no meu corpo.
Nas veias corre-me a aragem
ávida do meu calcorrear
o areal apanhando búzios.
Adornei-me de conchas.
Fui siri no arrasto das marés.
Fiz-me de corais
enquanto o peixe palhaço
brincava num mar de maré baixa.
Quiçá minha alma
perder-se-á na volúpia
desta beleza tropical.