De mim
nada sai nem sei.
Apenas sinto o enjoo
de uma ânsia alucinada
remoendo as gastas solas
das minhas botas enlameadas.
Só.
Sinto que caminho
no pranto da rama
no pisar do capim.
Longe.
Vejo a beleza das palmeiras,
dos coqueiros desnudados
com seus cocos pendurados.
Sinto-te em mim
no chilrear de um pássaro
na agonia de sofrer a amar como amo a ti.
Ó beleza da vida,
das noites e dias
chorados de encanto inebriante
do arfar do teu ar.
Oscila meu pensar vivo contigo Angola.
Breve hei-de a ti voltar.
Data | 02-11-2010 |
De | Ana Coelho |
Assunto | Poema |
A beleza de uma intensa terra onde as emoções se prendem e nunca se perdem na memória.
Bijos
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Data | 07-10-2010 |
De | ahcravo |
Assunto | o poema |
ouvir os quissanjes
no dedilhar de dedos ancestrais
silêncio de animais cheio
um imbondeiro de memória
cheio de pitangas gulosas
entretanto
releio
alda lara, antónio jacinto,
viriato da cruz, agostinho neto ...
vozes de uma angola sonhada
sem cacimbas de corrupção
nem maningue petrodólares
mungué